China quer ser o melhor destino<br>para o investimento estrangeiro
ECONOMIA A China vai continuar a sua política de abertura e de liberalização do comércio e do investimento, afirmou dia 5 o presidente chinês Xi Jinping na sessão anual da Assembleia Popular Nacional.
China anuncia medidas de abertura ao exterior sem precedentes
«A porta da abertura da China não se voltará a fechar», disse Xi Jinping, citado pela agência Xinhua, ao intervir num debate com deputados do órgão máximo legislativo do país. «Os representantes de Xangai [que integram a APN] devem abrir as suas mentes, procurar novos horizontes e ser um exemplo para a nação», instou o também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) e presidente da Comissão Militar Central.
O dirigente chinês incentivou as autoridades de Xangai – que albergou a primeira zona de livre comércio (ZLC) em 2013 – a prosseguir e aprofundar as reformas da ZLC, promover a inovação científica e tecnológica, melhorar a gestão social e governar de acordo com os princípios do PCC.
A inovação é a chave para a «nova normalidade» no desenvolvimento económico, enfatizou Xi, apelando a maiores avanços nas tecnologias-chave. O presidente considerou ainda que Xangai deve usar melhor a Internet e os macrodados (big data) na administração inteligente da cidade, de forma a torná-la numa metrópole internacional mais segura, mais limpa e mais ordenada.
Abertura ao exterior
A sessão da APN ficou ainda marcada, segundo a agência Andes, pelo anúncio feito pelo primeiro-ministro Li Keqiang de uma série de medidas de abertura ao exterior sem precedentes.
As empresas estrangeiras vão passar a poder estar cotadas nas bolsas chinesas e emitir acções, participar em projectos científicos e tecnológicos nacionais, sendo tratadas em pé de igualdade com as empresas chinesas no respeitante a licenças e outros trâmites, para além de poderem aceder aos apoios previstos no âmbito do plano de modernização do sector manufactureiro (estratégia Feito na China 2025).
De acordo com o relatório apresentado aos deputados por Li Keqiang, a China promete «significativos progressos» na abertura de diferentes sectores ao investimento estrangeiro, cabendo aos governos locais adoptar as políticas necessárias para o efeito. O país propõe-se ainda criar outras onze zonas de livre comércio piloto e divulgar amplamente as práticas que se revelarem eficazes. O primeiro-ministro garantiu que a «porta da China» se abrirá ainda mais e que o país vai continuar a trabalhar para se converter no destino mais atractivo para o investimento estrangeiro.